último semestre
[cada dia
que passa
(de estadia
escassa)
a caverna
perpassa
a saudade
que assim
(qual lanterna
no fim)
mal sentirei
de mim]
[escrevo redes
entre paredes
(entre parênteses
dentre colchetes
sem chaves)]
alterego
[para pluralmente
escrever diferente
preciso reconfigurar
singularmente
o escrevente]
Eu ando
nos dias
que correm
testando
desídias
que incorram
porfias
que morram
tentando
as vias
que ocorrem
mas quando?...
memória de Niterói
Não me canso
desse sol
no descanso
do arrebol:
- seu remanso
frescobol
(meu expanso
guarda-sol...)
último semestre
[anestésica
transição
sinestésica
condição:
cenestesia
de analgésica
impressão]
último semestre
[... e cá
já via
que lá
há via...]
virtual
Daqui
lá vou
sagui
que sou
de mui
que estou
noutro
lugar:
- dentro a
vagar
cá fui
plugar...
véspera de feriado
[aliso
teu piso
vazio
com olhos
alheios
ao meio
antolho
passeio
baldio]
[da garagem
na Semana
malandragem
porque Santa]
entre estações
Que acove
pouco
chove
touca
que prove:
- agora
há pouca
chuva
de hora
tampouco
boa
garoa...
à noite
A luz
do poste
(da luz
que aporte)
é luz
que agoste
sem-luz
de porte
que encoste?...
sapiens?
1. O mundo
devido
futuro
querido
de fundo
seguro
naquilo
de puro
- veremos
mais duro?
2. O mundo
tornado
futuro
passado
(presente
premente
mormente
legado)
- teremos
de fado?
3. O mundo
do avesso
futuro
começo
havido
de tudo
diremos
no duro
- faremos
de fato?...
último semestre
[a rotina
de acordar
(repentina
madrugar!)
na retina
do rever
faz da ida
ao partir
a medida
da melhor
despedida
desse tour]
Tal piso
lustroso
qual liso
petroso
dá viso
astroso
ao friso
poroso
do aviso
em proso
previso
doroso.
[eu sinto
que minto
quando indo
bem-vindo
revenho
convindo
contenho
destinto...
(faminto)]
[a música
do Erik
me pede
que considere
meu sumidouro
vindouro
como feito
rarefeito
de ouro]
Esfria
o tempo
resfria
o clima
o vento
na grimpa:
- adentro
anima
momento
que vira
memento
da lira.
[o azul
é a cor
meul
do céu]
velho cedo
Madruga
variz
tua fuga
de atriz
na ruga
infeliz:
- a nuga
que enxuga
teu verniz
chamariz!...
cedo velho
Eu bocejo
lacrimejo
murmurejo
gorgorejo
meu desejo
benfazejo
de ir pro brejo
sertanejo
caranguejo!...
curemos!
Faremos
daremos
seremos
teremos
(veremos)
[os remos]
iremos
viremos
poremos...
(oremos)
[coremos]
{furemos!...}
A tarde
tardinha
serena
o dia
à noite
noitinha.
interacionista
O tempo
corre
no centro
voa.
O metro
morre
se dentro
estopa.
O vento
proa
seu verso
em popa.
A vida
boa
à toa
anda
devido
à pança.
A sorte
dança
se a morte
poupa
seu corte
à trança...
de doce
A goiaba
que se papa
goiabada
não me escapa
por trocada
beterraba!...
estaria a girar
sem sair do lugar?...
[reinvenção
do novo
(repetição
do ovo)
é distração
de velho
da exaustão
do espelho]
último semestre
[estacionando
apaziguado
tenho o passado
predestinando
a realizado]
Azul
sereno
friul
ameno
o céu
galeno
me deu
o ceno.
medicina
A biruta
apedeuta
do internauta
farmaceuta
de conduta
nada astuta
(coisa bruta
na disputa)
pede escuta
terapeuta
de labuta
hermeneuta
- e araruta
sem cincuta
pela truta
que recruta...
todo dia
[sobe o sol
desce a luz
sobre o rol
desse truz]
6:15
Quando
chego
cedo
(mais cedo)
brando
pego
bredo
(o cheiro)