Os deuses do azul que se deitam em luz
na largura matinal desta avenida mal-entregue
a nós, eventually runners, neste dominical mass ritual
(ascese)
pelo bem-estar universal
ofuscam os obstáculos
(tentáculos a tentar abraços)
de cada passo desta surda e ruidosa
e calosa e sedentária - dolorosa e solitária
corrida cinquentenária.
Por tais passadas
entre eles, declaro
(quieto o pensamento
honesto o sentimento
num agradecimento
insinuado neste aperto
da boca ressecada)
que corro por nada:
- nem por saúde, ou o prazer
amiúde de percorrer
com o olhar.
domingo, 26 de dezembro de 2010
quarta-feira, 22 de dezembro de 2010
PRELIMINAR
Depois de tanto tempo
de assim mesmos - do calendário
obeso
(comigo quando? por quanto peso?
retardatário
não lembro)
De esquecer-me, por dentro
de um canto, num silêncio
jazigo - de já ditos
(em termos)
Venho, a tempo
(que seja vento, e forte)
De varrer-me, de sorte
que volte
E não mais me evite:
- e drible o drible
do deus-me-livre
que se omite.
de assim mesmos - do calendário
obeso
(comigo quando? por quanto peso?
retardatário
não lembro)
De esquecer-me, por dentro
de um canto, num silêncio
jazigo - de já ditos
(em termos)
Venho, a tempo
(que seja vento, e forte)
De varrer-me, de sorte
que volte
E não mais me evite:
- e drible o drible
do deus-me-livre
que se omite.
terça-feira, 7 de dezembro de 2010
Enfim
... retornar a este espaço é possível? Somente, creio, se a poesia apresentar-se novamente como desafio - e um prazer imenso, meticulosamente cerzido, como outrora.
É hora?
É hora?
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