WALL STREET
Nas bolhas
as bolsas
perfuram
os bolsos
nos olhos.
Bilhões, a rodo
(a fuligem)
sobrevoam o negrume do jogo.
Senões, de modo
(imaginem!)
que se perfumam por sobre o esgoto.
No chão coberto do branco
do pó de papéis em desalinho
caídos
das telas de dígitos sumindo
um cano, num claro burburinho
de tubular proporção rompe-se antigo
no imperfeito coração da vizinhança:
- uma ambição em desarranjo
que regurgita explicitando
sua cíclica, imorredoura vocação
por oportuna governança
[a cobiça renascida pela vida da savana
de outra perspectiva - da hiena rediviva;
pelo mar inexistente da savana, a poeira do ar
inexistente de montanha; por terras, oh céus! e animais
de savanas e savanas sideralmente literais]
(como os juros de certas dívidas
de acordos, promessas e garantias
e mais vítimas leoninas)
[numa pródiga pretensão
de toda fístula que se doura derivativa
pílula
e quando à deriva
tosse, espirra - e deletéria
a assassina bactéria democratiza].
22/01/2009
(04/01/2011)
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