Um presente absoluto
concentra meu cansaço do futuro.
As pernas, fortes
pesam - são músculos
recém-adquiridos de estudos
de reter-se a tentativa
por juventude e vida
(o que em vão seria).
A fronte, embora refrescada
do ar-condicionado da madrugada
às mãos firma - e me apóia, esgotada
mas não a ponto
de querer mais nada
(a partida, a jornada).
E os pensamentos
especialmente aqueles mesmos
tesos - os referentes a intentos
parecem adensamentos
paralíticos de momentos
ansiolíticos
[o fio do tempo
rompeu-se, creio
num cio - tão cedo
que não vi-o vindo
- o medo...].
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