esqueçam McLuhan
Martelam-nos as melhores crônicas
que a civilização eletrônica
(mesmo o que nela funciona)
ademais demanda eletricidade:
- força eletromotriz
adiante do nariz
(a bem da segurança).
***
Pois bem. Quando dançamos
na escuridão romântica imprevista
típica da quebradiça rotina
escassamente cogitamos
máquinas de toda metragem
postes fincados nas paisagens
estações, usinas, barragens
transmissores - comutadores
e torres - torres, muitas torres!...
(e rios a fio perdidos
em cascatas insustentáveis)
***
E menos pressupomos
(rabos de cães circulares)
tensão/potência/corrente
watts em volta, ampères:
- capacidade de torra
d'além de mais grãos - dos lares
de coisas das gentes (ora
inadvertidamente)
***
Porém trópicos, cerrados
são carregados cenários
de nuvens, agruras e raios
naturalmente desviados:
- onde se abre compassos
entre inações e fracassos
na amplidão do mormaço
e onde depois de refeitas
todas cagadas perfeitas
copia-se à exaustão...
[mau cidadão, aqui passo
***
mas não sem lamentá-lo:]
tétrica, aquela companhia
- desluzida, deletéria, fugidia
dependura minha vida
em linha sem energia;
e pendurada, a dita
engordurada, frita...
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