Fui à noite da ostra prateada
sob o seio da enchumaçada
concha compreensiva.
Marmórea. Invertida.
Desestabilizada
(se etérea todavia
de impossível ruína).
A noite tectônica da abóbada
nada geológica. Aceleradas
suas placas sujas perfuradas
rodaram embaçadas
saias e anáguas
(a encardida algodoaria
dos bons-tons múltiplos do cinza)
congestionando vias do céu.
Faroletes havia
cabeças de alfinetes
- as digitais dos deuses
pespegando paredes
de absolutamente.
E meus olhos caixilhos
(na ótica dos trilhos)
molduraram os cantos
dos encantos da cena:
- no túnel redondo
louco espiralando
preso ao centro branco
um Pollock titânico
borrando a demão cistina
de um falso Michelangelo
abriu-fechando pernas
à madrugada mista
que há tintas não se via...
(dialética delenda
de eclética ferida)
[de prata a prataria
tão suspenso argento
por sobre a pradaria
(suspeito)
dinheiro algum briga]
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