À procura de um caminho, perco-me à noite
Entre vias que distraem e atalhos que enganam;
Dos impulsos caprichosos, sequioso permaneço
O desejo suspenso em encruzilhadas infinitas...
Dos rastros de sonhos desvanecidos, mal chega o dia
Maldigo as idas sem vindas, tão exaurida a busca, e exaustiva;
E na vigília que perdura, ao marcar a hora lenta
Paraliso a procura, a minha procura à tua procura...
Contudo, uma vez vivo, se insisto e acredito
Que o que ignoro e tu desvias esconde as pedras exatas
O chão inequívoco das certezas que não virão
Na inutilidade de tentar, seguro permanecerei:
- pois se invólucros sonhamos, e a noite é finita
seguirei te buscando e me perdendo, vez que sempre chega o dia...
08/07/1996
Nenhum comentário:
Postar um comentário