A luz oblíqua
na branca toalha
arruma a mesa às cinco.
A tarde ubíqua
já deita poalha
num bar qualquer do mundo.
A rua, afora
trepida seus calores;
adentro, chacoalha
ideias nas cervejas.
Turvas figuras
estacionando
abrem sorrisos;
aguardam delirantes
a tal mirada errante
que solamente as veja.
Na hora à toa
o ocaso voa
da espuma à boca;
na sua festa
toda amarela
cabe, ludo
tudo, quase:
- o acaso absurdo
desde que se esqueça;
desde que derreta
temores de amores...
31/10/1991
Nenhum comentário:
Postar um comentário