sexta-feira, 7 de setembro de 2007

DA RECUSA A VIVER MORTO (DE RAZÃO)

Às vezes - muito menos que devia
Que poderia - raramente tendo em vista
Os reveses pela vida
Estou quieto - descansando
Numa fímbria - uma brisa
À sombra do cotidiano
Por um momento - num trecho
Quase plano
Da lida comigo mesmo.

Nesse descanso de momento
Quase plano, eu repenso - dispenso
Pensar inteiro o intenso - viciado
Em réguas e compassos deformados;

Fico esquecido das quadrilhas
Das arruaças demoníacas
Em piso cartesiano;

De assembléias e intrigas
Nas praças e esquinas
Do covil do crânio;

E das ações, maquinações
Que a razão urde e resfria
E amiúde ardente, justifica...

***

(neste trecho-argila em pó
com sorte - demasiado humano
por um momento forte - arcano

eu só te amo:
- tão pleno
e perfeito
o quanto...)

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