A magia hoje turvou meus olhos
como um róseo vagar preso às nuvens...
No crepúsculo, às tapeçarias de um verso antigo
teu suave humor contrapôs a cor do amor que a ti dedico.
Hoje, o fremir do abismo acariciou caridoso minha face
como se avisado a ser precisasse, sem acordar-me
para os desacertos de fundo... Ora, o mundo
ao lembrar estreito o que embargo!
Mas teu lume de hoje, ah, este valeu a ousadia
de pensar o dia além do acaso, do compasso amargo
da regra tristemente observada; como se a vida
lépida nos arrumasse, intrépida na vergonha
de saber-se inútil ante tua armadilha
involuntária - a vagar, acima
numa cor mágica.
30/05/2000
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