"Senhor, sei? O senhor vá pondo seu perceber. A gente vive repetido, o repetido, e, escorregável, num mim minuto, já está empurrado noutro galho. Acertasse eu com o que depois sabendo fiquei, para de lá de tantos assombros... Um está sempre no escuro, só no último derradeiro é que clareiam a sala. Digo: o real não está na saída nem na chegada: ele se dispõe para a gente é no meio da travessia."
João Guimarães Rosa, Grande sertão: veredas. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 2006, p. 64.
segunda-feira, 29 de outubro de 2007
sábado, 20 de outubro de 2007
Palavra de Riobaldo Tatarana
"Confiança - o senhor sabe - não se tira das coisas feitas ou perfeitas; ela rodeia é o quente da pessoa."
João Guimarães Rosa, Grande sertão: veredas. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 2006, p. 56.
João Guimarães Rosa, Grande sertão: veredas. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 2006, p. 56.
sexta-feira, 19 de outubro de 2007
TORPEDOS IX
... se o tempo, cinza /
arma tempestade /
noutro clima, basta /
amorosidade...
18/10/07, às 16:49:25
***
... torpedos, inda que tardios /
tardos vingarão, enquanto /
de encanto vário travestidos /
livrarem do estio o coração...
18/10/07, às 19:53:20
***
... minutos ganham asas /
e segundos, em brasa /
juntos desaparecem /
(de paixões que adolescem) /
nas cadeiras desta sala...
18/10/07, às 21:34:26
arma tempestade /
noutro clima, basta /
amorosidade...
18/10/07, às 16:49:25
***
... torpedos, inda que tardios /
tardos vingarão, enquanto /
de encanto vário travestidos /
livrarem do estio o coração...
18/10/07, às 19:53:20
***
... minutos ganham asas /
e segundos, em brasa /
juntos desaparecem /
(de paixões que adolescem) /
nas cadeiras desta sala...
18/10/07, às 21:34:26
TORPEDO VIII
... estranha - a distância /
tão breve - inda leve /
mas que arranha - se se mexe /
as entranhas da saudade que não cede...
15/10/07, às 14:52:14
tão breve - inda leve /
mas que arranha - se se mexe /
as entranhas da saudade que não cede...
15/10/07, às 14:52:14
segunda-feira, 15 de outubro de 2007
TORPEDOS VIII
... entre papéis e processos /
te imagino, do avesso /
teu desalinho atento /
(centrado, ordeiro) /
sem tempo de um beijo...
09/10/07, às 11:03:04
***
... logo a noite virá /
abraçada contigo /
se este azul-mar /
desmaiar - apesar /
de lindo...
11/10/07, às 17:32:08
te imagino, do avesso /
teu desalinho atento /
(centrado, ordeiro) /
sem tempo de um beijo...
09/10/07, às 11:03:04
***
... logo a noite virá /
abraçada contigo /
se este azul-mar /
desmaiar - apesar /
de lindo...
11/10/07, às 17:32:08
segunda-feira, 8 de outubro de 2007
TORPEDOS VII
Já que mágico /
o encontro extático /
de torpedo e alvo /
diga-me algo /
do sorriso que não vejo /
por trás desse desejo...
05/10/07, às 08:33:44
***
... como você não responde /
(ocupada sei lá onde) /
destempero aqui insone /
destratando o telefone...
05/10/07, às 09:20:14
***
... mas logo me arrependo /
do mau jeito anterior /
sonhando noutro momento /
merecer o teu favor...
05/10/07, às 09:27:37
o encontro extático /
de torpedo e alvo /
diga-me algo /
do sorriso que não vejo /
por trás desse desejo...
05/10/07, às 08:33:44
***
... como você não responde /
(ocupada sei lá onde) /
destempero aqui insone /
destratando o telefone...
05/10/07, às 09:20:14
***
... mas logo me arrependo /
do mau jeito anterior /
sonhando noutro momento /
merecer o teu favor...
05/10/07, às 09:27:37
sábado, 6 de outubro de 2007
PURGATÓRIO
Há sons
Bem bons
No vasto sertão inaudito
(das aves das serras-do-paraíso)
Entre os ouvidos.
Outros, silencio:
- Porque penados, perdidos
no vão quebrado dos ruídos
(sobre o pescoço rouco
de moucos olhos doídos)
Bem bons
No vasto sertão inaudito
(das aves das serras-do-paraíso)
Entre os ouvidos.
Outros, silencio:
- Porque penados, perdidos
no vão quebrado dos ruídos
(sobre o pescoço rouco
de moucos olhos doídos)
TODO SENTIDO
o sono, é uma almofada
de alfinetes sem dentes
por onde, desafundada
levanto saias de gentes
de alfinetes sem dentes
por onde, desafundada
levanto saias de gentes
TORPEDOS VI
Quando paro /
e dou conta de mim /
o teu abraço /
é o que vem, assim /
o que enlaço /
da memória, enfim...
03/10/07, às 20:11:50
***
Não saem assim /
teus sinais de mim: /
- táteis, olfativas /
palatáveis, auditivas /
as cores deste sonho /
embalam o meu sono...
04/10/07, às 10:41:38
e dou conta de mim /
o teu abraço /
é o que vem, assim /
o que enlaço /
da memória, enfim...
03/10/07, às 20:11:50
***
Não saem assim /
teus sinais de mim: /
- táteis, olfativas /
palatáveis, auditivas /
as cores deste sonho /
embalam o meu sono...
04/10/07, às 10:41:38
quinta-feira, 4 de outubro de 2007
BRAKE
Parou tudo aqui
Por um remanso
(primeiro plano)
Num canto criado mudo:
- Modo de dizer que descanso
hipotético
deslocado
(já precário, cariado
incompleto)
de vez em quando
(anteprojeto)
ali, no mundo...
Por um remanso
(primeiro plano)
Num canto criado mudo:
- Modo de dizer que descanso
hipotético
deslocado
(já precário, cariado
incompleto)
de vez em quando
(anteprojeto)
ali, no mundo...
terça-feira, 2 de outubro de 2007
DA PRIMEIRA CHUVA
O cheiro desprendido
Que rompeu o estio
Quase tardiamente
Foi de sempre - emergido
Mágico, entranha
Básico, estranha
Experiência do incompreendido
Anteprimeiro sentido.
Que rompeu o estio
Quase tardiamente
Foi de sempre - emergido
Mágico, entranha
Básico, estranha
Experiência do incompreendido
Anteprimeiro sentido.
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