Na antessala, à espera de notícia
Risoleta medita.
O amor seduz o temor
Mantém as raízes em Cláudio.
Na sala, à espera da sorte
Tancredo negocia.
Pelas massas de suor anônimo
Resiste ao aflitivo infortúnio.
Perplexa, a nação hesita a chama
Reduzida ao boletim otimista.
Estremece o chão das praças, dos sonhos
Sobre escombros do recente pesadelo.
Mas o coração da pátria pulsa forte
Sob o peito do homem convalescente.
Nos lembra que o mal é transitório
Confirma a esperança permanente.
21/03/1985