sábado, 31 de janeiro de 2015

REVISITA 40: À ESPERA DE TANCREDO

quando as coisas pareciam diferentes

Na antessala, à espera de notícia
Risoleta medita.
O amor seduz o temor
Mantém as raízes em Cláudio.

Na sala, à espera da sorte
Tancredo negocia.
Pelas massas de suor anônimo
Resiste ao aflitivo infortúnio.

Perplexa, a nação hesita a chama
Reduzida ao boletim otimista.
Estremece o chão das praças, dos sonhos
Sobre escombros do recente pesadelo.

Mas o coração da pátria pulsa forte
Sob o peito do homem convalescente.
Nos lembra que o mal é transitório
Confirma a esperança permanente.

21/03/1985

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