domingo, 17 de abril de 2011

ANTE A LUA CHEIA

Este sábado noturno e claro
(réstia de um dia obtuso, ensolarado)
põe-me em soturno estado
algo alegre - que madruga entregue

a seu febril contrário - e revirado
remete-me àquele diáfano
momento abril em que escapo
(incrustado num ente qualquer)

pra mal perto de Alenquer:
- a um passado que não comando
por não ser do tempo sequer

mas tão necessário quanto
comer e beber, se der - e se tanto
por bem esquecer como é...