sexta-feira, 30 de novembro de 2018
quinta-feira, 29 de novembro de 2018
NA TORRE II
(luz e
brisa
cedo
juntas
quebram
muitas
manhãs
frias)
[clara (a)
hora
limpa (a)
vista
quebram
rasas
manhas
fundas]
SEGUNDO ANDAR II
No quadrado cristalino
entre sonhos bizantinos
acossados por vigílias
um desejo adamantino
de encontrar-me com destinos
distintos de juvenílias
imagina sóis a pino
luas cedo vespertinas
ruas tarde matutinas
e a quem tais sensibilize
para além desta marquise
onde pouco há que deslize...
...
(que o que então me descortina
masculino minimize
madrugando mais sabinas
livres desde pequeninas)
terça-feira, 27 de novembro de 2018
segunda-feira, 26 de novembro de 2018
OUTRA NOVIDADE
sobre a Torre Nova
Na espaciosidade
desta claridade
sem profundidade
a oportunidade
de perspicuidade
vem pela metade.
***
[minha opacidade
longe da cidade
tinha de ser quase;
certa do que evade
perto desta idade
vinha na metade]
Na espaciosidade
desta claridade
sem profundidade
a oportunidade
de perspicuidade
vem pela metade.
***
[minha opacidade
longe da cidade
tinha de ser quase;
certa do que evade
perto desta idade
vinha na metade]
domingo, 25 de novembro de 2018
DOMINGO VIZINHO
A hípica
olímpica
atípica
silencia
seus chinchos
pelinchos
capinchos
de guinchos
relinchos
ganinchos
sem pinchos
todavia...
sexta-feira, 23 de novembro de 2018
quinta-feira, 22 de novembro de 2018
QUADRA DAS TREVAS IV
na Torre Nova
[tal circunstância
extravagante
(da rutilância
alucinante
de ignorâncias
estruturantes)
pede distância
da sua abundância
duplipensante
e a observância
de manigâncias
desopilantes]
[tal circunstância
extravagante
(da rutilância
alucinante
de ignorâncias
estruturantes)
pede distância
da sua abundância
duplipensante
e a observância
de manigâncias
desopilantes]
quarta-feira, 21 de novembro de 2018
QUADRA SEM TROVA
A chuva lampa & trovoa na Torre Nova
calando o espanto de quem a povoa.
(o canto de quem dela voa
sem desova)
segunda-feira, 19 de novembro de 2018
domingo, 18 de novembro de 2018
SEGUNDO ANDAR
Escuto Marvin e Tammi
por esta caixa acústica
envidraçada e rústica
dançando com um colibri
(olhos nele postos daqui)
lançado ao céu da música...
sábado, 17 de novembro de 2018
DO BAÚ
Abrir caixas
perdidas e achadas
cortar faixas
há muito fechadas
desencaixa
(à vera as quimeras)
serras de chapadas
vales de baixadas
terras do que erras
marés de palmarés
e rebaixa
montes do que achavas...
CHUVOSA
Sob o peso
do azul crespo
alvadio
a tarde - num guincho
ao cair de um rio
vira o pio
de um relincho
indefeso:
- o passo
miado
de um bicho
latido.
quarta-feira, 14 de novembro de 2018
Esclarecimento feliz
Leitoras e leitores deste blog:
A transição longa e penosa para a última das três casas deste alterego concluiu-se hoje. Finalmente, há internet na Torre Nova de Mauro Belmiro, conectando um corpo presencial à sua alma virtual.
A despeito do caos ao redor ainda reinante - o que exigirá muito trabalho braçal nos próximos tempos -, espera-se que alguma poesia retorne. Ou, quem sabe?, que uma outra, de forma, conteúdo e espírito inéditos, mostre a sua cara desconhecida, e já um tanto solicitada.
Sonhar quase sempre é bom. Mas neste momento, celebramos os fatos.
O fato é que a nossa inveja histórica - de Michel de Montaigne em sua torre - não existe mais. Contudo, continuamos não abrindo mão da inspiração do mais sábio dos franceses, em nada responsável pelas implicações desiguais neste que vos fala.
O fato é que, depois de quase 40 anos e mais de 2.300 poemas, estamos onde há muito desejávamos ardentemente estar - numa torre de marfim cercada de verde e azul, feita de espaço e claridade.
O fato é que o nosso ponto fixo neste universo encontra-se no segundo andar.
M. B.
sábado, 10 de novembro de 2018
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