sábado, 30 de dezembro de 2006

Encruzilhada

A desordem dos acontecimentos entortou meus caminhos. Hoje estou numa encruzilhada. Dela vejo tantas estradas que já não posso escolher a minha. O medo de abrir mão da melhor faz com que meus passos sigam mais lentos, mais atentos, menos vorazes.

Já não me conduzo com a pressa que me trouxe até aqui porque é ela a razão do desassossego dos meus dias. Na ânsia de não me perder, percorri trilhas sem olhar para os lados e sem cuidar do que existia à margem delas. Não pisei nas flores, mas saltei sobre elas sem lhes sentir o cheiro e sem lhes perceber a cor.

De agora em diante, vou quebrar o retrovisor e fazer do coração o meu guia. Que ele imponha meu compasso! Não desejo colher todas as flores, mas quero apurar os sentidos para tirar delas a inspiração que preciso para recomeçar diferente.

Ju

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