o abismo num pires de meia hora
Cochilo profundo à tarde
desejo de gozo que arde
na arte de um sono curto em
despretensioso mergulho
(ao que nunca mais cogito
além de um leve suspiro)
naquela verticalidade sem
idade/gravidade/sentido
ativando a enganosa memória
(pois sonho) da emergência (suponho)
da experiência do nada (pois nulo
o encontro à parede do mistério)
retornada à vigília (num pulo
passado ao presente refrigério)
***
[somente poesia
poesia insolente
(diz-se ensolaradamente
poesia de vida
inclusivamente)
enfrenta a entropia]
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