pululam dedos do incriado.
Vão luzes cortando o ar já refeito
das mazelas dos respirandos do dia anterior.
Da densa noite ficou um rastro
iluminado por desejos de um sonho.
Verde floresta de criaturas e cogumelos
perdeu-se incompletamente.
Sobe o sol por cima do real
movimentando o calor da angústia rotineira.
Rostos de reconhecida ambiguidade
são pedras jogadas no caminho.
Anda a roda gigante - logo densa outra noite
recobrirá o que descansa a vida.
Livre no sono a procura
sonhará perdida a floresta encantada.
27/07/1982
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