Num canto de agenda
recomeça o suplício
do ter o que dizer
e não saber como fazer.
Travada, a palavra pede
o óleo de uma cerveja de beirute;
solta e imatura, a dita cuja, enfim
agride a literatura.
Melhor calar, e contemplar
o silêncio das mesas vazias
do meu bar eventual;
de esperanças flertando frustrações
à espera de nada.
10/03/1999
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