dos esfalfados, oprimidos, humilhados
ao lembrarmos, evocá-los, recordando-nos
por menor que seja o esforço (e maior o dano)
o que afinal somos todos: seres do barro
primordialmente destináveis ao trabalho
de dar trabalho àqueles do bairro que se acham
de algum modo merecedores de outros laivos
exclusivos - sem vestígios daquele barro.
Junto aos distintos que ressentem diferentes
de alguma maneira notável, insignes
exercitemos - quem puder! - nossa empatia
por ignorarem (mesmo covardemente)
que adicionar água, ao pó basta, simplesmente.
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