segunda-feira, 1 de maio de 2017

AOS PRIMEIROS DE MAIO

Comemoremos o dia dos explorados
dos esfalfados, oprimidos, humilhados

ao lembrarmos, evocá-los, recordando-nos
por menor que seja o esforço (e maior o dano)

o que afinal somos todos: seres do barro
primordialmente destináveis ao trabalho

de dar trabalho àqueles do bairro que se acham
de algum modo merecedores de outros laivos

exclusivos - sem vestígios daquele barro.

Junto aos distintos que ressentem diferentes
de alguma maneira notável, insignes

exercitemos - quem puder! - nossa empatia
por ignorarem (mesmo covardemente)

que adicionar água, ao pó basta, simplesmente.

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