Um par verde vespertino
breve diagonal fendido
incrustado em mancha preta
de contorno tentativo
se deita.
Seu par verde diamantino
fotográfico distinto
contrastando a coisa preta
sem vestígio de sentido
me espreita.
O mar verde que imagino
por detrás desse registro
desafia o que secreta
seu borrão indefinido:
- receia.
O que pensa, o que sente
meu amor verde-felino
quando opaca é sua treta
ponto cego que o destino
suspende?
(o que fica no presente
quando some o par ladino
soma mais vida secreta
mas de modo escurecido
ausente)
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