quinta-feira, 16 de junho de 2011

AGORA II

Um presente absoluto
concentra meu cansaço do futuro.

As pernas, fortes
pesam - são músculos
recém-adquiridos de estudos

de reter-se a tentativa
por juventude e vida
(o que em vão seria).

A fronte, embora refrescada
do ar-condicionado da madrugada
às mãos firma - e me apóia, esgotada

mas não a ponto
de querer mais nada
(a partida, a jornada).

E os pensamentos
especialmente aqueles mesmos
tesos - os referentes a intentos

parecem adensamentos
paralíticos de momentos
ansiolíticos

[o fio do tempo
rompeu-se, creio
num cio - tão cedo
que não vi-o vindo
- o medo...].

Nenhum comentário:

Postar um comentário