sexta-feira, 3 de fevereiro de 2012

CONTEMPLATIVO

Repousado
em mármore frio

(qual árvore
refresca o estio)

sou o precário
que administro.

Novo numa bolha eloqüente em folha
dos jardins ao fundo do mundo dos fins

contente consigo
(o submarino)

ouço cães e operários
espantando canários;
olho um gato (pausado)
as construções ao lado;

mães voltando de férias
(corrompidas de aflição)

observando as monções
(filhos, ratos, pilhérias
maridos em transição);

e retiro dos dias pacatos
- como se fossem os penúltimos de Pompéia
a ração necessária entreatos:

- dopamina para os últimos (antes da queda)
significados remotos
pautados por horizontes

[rinocerontes ao longe].

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