quarta-feira, 25 de julho de 2012

POÉTICA PARA O FUTURO

já que o presente é obscuro

Ininteligíveis
não quero as palavras

incompreensíveis
desservindo o nada

(ao nada-mistério
elusão opaca).

[mas/porém/contudo/todavia]

Se estéreis a nos servir
esteroides no porvir (para ainda piorar):

- veja a acadêmica poesia...

(ou seja, versos pra academia
da ginástica verborragia

- mônada fragmentária

objeto da intelligentsia
desavergonhadamente alheia

aos que passam à deriva)

Esqueça! Pois dela nada
(ao largo do nada)

toca o fundo de cada
um.

[que líricas extraordinárias
desinvernadas

de lidas desentranhadas diárias
prometam comuns]

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