projeto à deriva
Há fixo um ponto no universo
onde construo o meu castelo.
Na mente desde sempre
o eu-arquiteto o sente:
- de desejos com tijolos
à parede do momento;
dos ensejos mais ditosos
à frieza do cimento;
de prazos esperançosos
ao telhado do orçamento...
Existe um lugar no universo
que me antecede - e a este verso
(meu reflexo imanente)
que sobre aquele escrevo:
- um jogral que mal procede
se inteiro não se refere
a um espaço precedente
pedaço que não pertence...
(exceto àquele, diverso
que o eu-engenheiro mente)
***
[Sérgio Euclides, quem diria?
O teu pouso é (má) poesia!...]
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