a Carolina
Ah, minha amiga
que desentendo
tão longe ainda!...
Veio outro dia
feito cantiga
(quando eu ouvia
reto e direito)
duas notícias
a teu respeito
que a brisa alinha
de encontro ao peito.
Quanto à primeira
não desconheço
o que te anima
(por peçonhento)
tão lagartixa
na ideia fixa
de outro momento
que foste e afixa
entre paredes
qual uma rede
de expectativas...
(tente, brunette:
- faça omelete
do que derrete!)
Já na segunda
(que a contraria)
há Carolinas
do pé-na-bunda:
- as furibundas
e decididas
e preferidas
(portanto o apreço)
desta torcida
contra as patranhas
entre outras tantas
que reconheço.
Ah, minha amiga
nessa distância
ora indistinta!
Por que te penso
num contrassenso
se bem curtida
a tua desdita?
Tal contrapeso
refaz a sina
de um recomeço
assaz bonita:
- isso a despeito
de se bem feio
o parapeito
da ação infinda...
Ah, mais querida
pois requerida
mais Carolina:
- quando te beijo
do jeito ao vento
eu me desejo
a tua alegria
mesmo sovada
e embranquecida
do pó da entrada
que soprarias
(záz catavento!)
com dó da estrada...
"Melhor ainda é poder voltar quando quero.
ResponderExcluir[...] O trem que chega é o mesmo trem da partida.
A hora do encontro é também despedida.
A plataforma dessa estação é a vida desse meu lugar,
é a vida desse meu lugar, é a vida.
[...] Tem gente a sorrir e a chorar. E assim, chegar e partir, são só dois lados da mesma viagem..." (e volta)
Quem, além de você, para me ler e me escrever assim?
Coisa de chorar e sorrir. "De chegar e partir."
Muita saudade. Obrigada.
"com dó da estrada..."
Um beijo!...
Excluir