Se chegares, bem-vinda! Que chegues num bom olhar
Nem muito atento, nem generoso por demais!
Condescendente, talvez morno
Que às vezes umedeça, de sincera pena
Da incompetência inconformada que busca, busca...
Se chegares, que chegues paciente:
- As arestas das linhas à frente
recusaram o polimento dos anos atrás.
Daí o verso repetido, o vocábulo circunscrito
Ao sopro desmedido que lhes deu sentido.
Se chegares, que chegues realmente
Pois preciso do teu chegar.
Teus olhos frescos - quem sabe?
Teu desconhecimento - talvez!
Prometem outra luz à mesmice da leitura
Destas páginas puídas de tantas revisitas...
11/04/1996
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