Alagada inteira a floresta, prenhe, inchada de oceanos,
Meu olhar batráquio, encantado, boiando vítreo, extático,
Pétreo te contempla borboleta, princesa dos meus sonhos!...
Sob um cogumelo envergado, no suspenso espaço,
Suspendo as palavras - encerrada a bocarra enigmática
Em dúvidas - embora às tuas asas, submissas borrifadas
Destile, principescas - colar de caricatas gentilezas...
O sapo sapo! que sou aguarda, paciente,
Um arrastar teu de asa, sapiente?
Antes que passe a água, e a borboleta espreguice;
O sapo príncipe? que não pareço barganha, pedinte,
O teu ósculo improvável, haja sapo a engolires
Entre os vários verdes pétreos que remanescem...
23/05/1997
Nenhum comentário:
Postar um comentário