terça-feira, 1 de março de 2016

REVISITA 121: DA FIDELIDADE

51º poema de À procura de Nefertari

Nem quando sincera, pediste
Ou mesmo terna, ignoraste;
Quando desventurada, achaste
Que desarmada, a cumplicidade

Do dragão teria;

Nem quando pensaste, desiludida
E pronta descartaste, como fortuita;
Quando desesperada, ordenaste
Que pelos ares, toda voasse

Foste atendida;

E menos ainda, quando sozinha
Te imaginaste, na mais escura
E erma passagem; num grotão
Avesso qualquer, da realidade

- eu soltei a tua mão.

26/11/2005

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