mais escura volta, e elusiva; e pára sua brisa
sobre a fina dor que esfarrapa a má desculpa
de dormir no cerco a mim, de minha feitura.
Sopro, ao sufocar, a vela negra sob o manto
e durmo, por faltar vento que varra a bruma
do assaltante medo; na morfina então confiante
do sonho, a malha rompo - o que me empulha.
Estofado, o tempo comprometo, amortecido
esvaindo em perpétua revisita do reconforto
ao familiar círculo de expectativas vazio;
se perdido, é da chance definitiva de queda
que rompa a fundo o medo, aquela parte da noite
onde durmo enfermo, enfim - por minha culpa.
28/05/2000
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