quarta-feira, 29 de novembro de 2006

Viagem

O pensamento voa por caminhos distantes, à minha revelia, nas minhas horas à toa. Ele me conduz, muda e serena, a lugares desconhecidos. Do outro lado, ouço você, que me chama em silêncio. Sem pressa nem urgência, me aproximo para sentir o calor do seu corpo e o toque dos seus dedos.

Vejo-me sempre encenando roteiros que a minha fantasia escreveu. Não existem regras, contra-regras, começo nem fim. Não há público, não há vaias, ninguém aplaude ou pede bis. Mas eu estou lá. Você também. É o bastante.

Se o toque do telefone vem adiar o desfecho, recobro-me do susto e retomo as rédeas da vida real. Se fico triste? Não. Junto os pedaços do meu sonho dilacerado, colo com a umidade que ele mesmo me provoca e levo até você. Agora de verdade. Algo me diz que você assistiu a tudo e me espera.

Ju

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