terça-feira, 20 de fevereiro de 2007

Jardinagem

... vou entrar numa biblioteca sem fim, escolher poltrona confortável, sob luz adequada, sentar e aguardar com meus botões a coisa maturar. Por ti. Enquanto transitar entre pausas e leituras, corredores e estantes, esperar que a natureza cumpra o seu percurso; que o tempo faça o seu trabalho com o espaço necessário. Se houver por perto mesa, caneta e agenda do ano que se inicia, melhor, pois assim não rabiscarei o livro da hora que finda; em páginas nuas, antecipando o frescor do que não há ainda, tentarei mapear o caminho até o limite da alegria infinita de te saber. Não importa se na dor, na ausência, na chuva - pois pressinto a existência de algo neste vácuo cinza entre os dias que me lembra semente. Muda. Jardim...

Por ti, não há o que não valha a pena cultivar.

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