sábado, 14 de abril de 2012

UM MARANHÃO

Grãos de areia de Caburé
entram em minh'alma toda
vez que uma lembrança tola
requeima a língua no café.

Areia do paraíso
equatorial que esqueço
sazonal quase impossível:
- Caburé, só distraído

face à distância do abraço
entre a memória e o fato
de não mais querê-la viva

tão longe deste cerrado
mental percorrido à míngua
ensimesmado de estivas...

[areal de Caburé:
no chão real esquina
da especulativa via até
se avistar o mundo de cima]

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