À tarde, venho cochilando
(surpreso, recapitulando)
sonhos desdobrados para trás
até verdes anos - quando anis
os planos, roxos os encontros
eram negros os pelos todos
rosadas as experiências
repintadas as indecências
na calada das madrugadas;
e compaixões, amareladas
por vermelhas verificações
repaginavam-se, centelhas
de cada novata esperança...
Por que tarde agora, cochilos
coloridos tão desbotados
sobre antigos fados - cochichos
por trás do tempo cortinado
ganham a hora, ecos do giz
da desmemória mais remota?...
(por que nesta hora de agora
quando aqui finco mastro e raiz?)
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