sexta-feira, 6 de fevereiro de 2015

REVISITA 41: VERIFICANDO O AZUL

Calmos vácuos atmosféricos descansam-te o corpo
Torpe de agressões; sem peso, invisível avolumas
Quietamente: o negror da noite oculta indivisivelmente
Tuas ambições; assim inchas, portanto
Livre de castigo aparente.

O bom lobo expande incógnito.

Mas o cerco azul da manhã não tarda
Com seu oxigênio; teus pecados, então passíveis de julgamento
Te esvaziarão à luz do dia; talvez a menor pena te livrará
Como ao romântico Nosferatu; talvez teu maior ganho de tudo isso
Será a sentença: a angústia da vida eterna.

Certo é que, precisamente
O cerco azul do amanhã não falha.

15/05/1985

Nenhum comentário:

Postar um comentário