Torpe de agressões; sem peso, invisível avolumas
Quietamente: o negror da noite oculta indivisivelmente
Tuas ambições; assim inchas, portanto
Livre de castigo aparente.
O bom lobo expande incógnito.
Mas o cerco azul da manhã não tarda
Com seu oxigênio; teus pecados, então passíveis de julgamento
Te esvaziarão à luz do dia; talvez a menor pena te livrará
Como ao romântico Nosferatu; talvez teu maior ganho de tudo isso
Será a sentença: a angústia da vida eterna.
Certo é que, precisamente
O cerco azul do amanhã não falha.
15/05/1985
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