37º poema de À procura de Nefertari
Por que tão forte esta impressão
(ao imaginar-se a invenção)
das minúcias, concebermos pedrarias
entre as múltiplas, pequeninas
miríades que pescaríamos
ativos de ideias, redes vivas?
- faíscas cognitivas
desencadeando, de antigas línguas
viagens paradisíacas!
E quão crível (me espanto e admiro)
que eu queira tanto, e comprido
encher o vasto espaço das nossas vidas
(todo o tempo da história do mundo)
giramundando contigo e tuas carroças:
- teus badulaques, meias-verdades
versos esquivos e frases alquebrando
criaturas de carinhos e espinhos
amores em dúvida e estórias!...
[tudo correndo em papel fino
e tela plana, descendo ao infinito
teu rio largo de talento e brilho]
21/08/2005
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