Arisca, a leve brisa deste lindo dia
sopra-me fresca ainda; e à folha vira
a tua data na superfície lisa, rutilante
da geladeira que habito, desde antes
do estio; e chama à retina a lembrança
de outros dias, brancos, nesta branca
cozinha - dos ritos de queijos e vinhos
à larga servidos, entre beijos e risos...
Bem assim, hoje, eu gostaria que fosse
a minha celebração de ti - uma cotidiana
reencenação dos teus olhos reafirmando
brilhantes, a minha opaca ciência de ti:
- do misterioso fundo negro da tua retina
onde bela se perde a razão desta vida...
27/08/2005
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