No relvado
parado
em compasso
de espera.
Sinto a nuca rija
do resfolegar de suas narinas
enganadas
(o monstro imóvel tortura-me
errando expectativas).
O céu verde-escuro, o ar esquivo
papéis surdos espalhados;
os minutos sentados, os segundos
minúsculos alfinetes:
- a carreira bruta por começar.
Que palco triste que sou
de forças alheias, acerbas
apertando-me o pescoço;
quão opaca a vida
às vezes, e quanta estiva
obrigo-me sempre
a mover:
- para que o demônio interior encontre passagem.
05/04/2005
Nenhum comentário:
Postar um comentário