quinta-feira, 2 de março de 2017

COFFEA ARABICA

declaração de amor


Meu café

de preto, pobre, puta, ralé

faz com que eu tenha fé.


Meu néctar, a pé

anda, corre, nada, voa até

batoré.


Barnabé

meu café dispensa rapapés

porque de nascença

sua onipresença

na nossa potente consciência

das marés.


Capilé

meu café me pensa em canapés

porque de boa-fé

aquela que cheira

à cafeteira da minha sé:

- evoé!

Nenhum comentário:

Postar um comentário