segunda-feira, 10 de julho de 2006

SONETO DO AMOR MARGINAL

Quando enfim, a mim escuto
A manhã nunca demora muito
Rasgar, num olhar, o véu escuro
Do céu; e achar-me ali, no brilho

Da fenda eterna do teu sorriso:
- Por onde sonho, e onde todo
lençol possível parece macio
(visto daqui de baixo)

E de onde cismo, vazado
Saudoso dos beijos, de gozos
Cabelos soltos pelo quarto:

- Do amor liso, sem arestas
polido entre as frestas
desta vida-pedra, enfim - que delonga...

02/03/06

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