terça-feira, 29 de agosto de 2006

Clausura

Desejo estar ao seu lado, de novo, contida naquela mesma clausura que um dia inspirou meu poeta. Quero sentir o calor dos nossos corpos embaçando paredes e vidros, e ler todas as mensagens que me passam seus olhos quando se privam do resto para contemplar apenas os meus.

Desses momentos mágicos guardo todos os detalhes. Se durmo à noite, sonho com eles. Se não, ressuscito-os e os refaço na memória, sem arranjos. Tenho vivido das lembranças e do prazer que elas me dão. E da vontade de que tudo aconteça mais uma vez.

Deixe a porta sem chaves. Mantenha a cama vazia e a pizza quente. Abra seus braços, feche os olhos e permita que eu entre para cuidar de nós. Quero ficar com você pelo tempo que nos for permitido e me sustentar como estímulo à sua poesia que, como vinho, me embriaga.

Ju

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