sexta-feira, 1 de junho de 2007

O CHÃO SAGRADO

acerca de um sonho caro, e ameaçado

São oitocentos metros quadrados
riscados em cerrado de sonhos coalhado
dos outros; o retângulo aeroporto
do já alto vôo que encetamos abraçados.

Qual castelo? Imaginamos, enlevados
o canto íntimo de um ao outro, renovado
aço místico finíssimo redobrado ao infinito:
- espada samurai de cortes sem coágulos.

Que espaço? Da tertúlia generosa dos portões
abertos ao eterno encontro; dos cuidados
mutuamente cultivados, extensíveis

flores aos convidados; e do silêncio
enfim mais caro - amorosamente tecido
rítmico na alcova dos carinhos...

22/05/05

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