quinta-feira, 9 de janeiro de 2014

EXPERIMENTALISTA

contra-argumento

Para que inventar palavras
ou torcê-las, mutilá-las?

(divinizar-se ao criá-las
não bastasse maltratá-las)

Impaciência com palavras?
Foram todas inventadas:

- alguma desceu do céu, cresceu do nada
em caso de mistificação sagrada?

- alguma esquecida quedou-se escondida
sem boca que a ouvisse dizer encobri-la?...

As que importam, exportaram
(porque significantes)

concretudes de falantes, de escreventes

coletivamente de antes:

- depois outras, de outros entes

pelas portas e janelas
dos sentidos sentinelas.

(a palavra socialmente o é somente)

***

Os limites da linguagem
são limites de experiência:

- sua presente existência.

[o que delimita, nos familiariza
(ao longo da estrada que se interioriza)
com o ser estranho estar humano à margem]

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