num movimento brando
desta vida esquisita
dos cinquenta mais quantos
pede uma ave-maria
(padre-nosso podia)
que já vou deslizando
(lisa a sensaboria)
nesse estar nem estando
nada andando ou boiando...
A entrada em sesmaria
de um desespero branco
nesta altura infinita
da fundura dos planos
pede outra ave-maria
(outra reza postiça)
já que sem solavancos
depois de anos de trancos
(dos destinos sombreando)
como eu repararia
qual a estrada em seguida?...
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