sexta-feira, 9 de outubro de 2015

REVISITA 99: SONETO DA (E)TERNA LUTA

26º poema de À procura de Nefertari

Desta veia que arde e esvazia
parada, azul, inquieta, luzidia
e agora fria - cirúrgica e fina
lâmina, cruelmente fria

todo o percebido, infinito em parte
sinto mares, florestas, rios
e vales, montanhas, abismos;
amplas as gastas planícies desertas

de sentido do que verde aspiro
do árduo sol diário, e à noite
enluarada de sonhos constitutivos

do meu par contigo... E o percebo
maior ainda, na perspectiva
dessa veia nunca abandonada.

14/05/2005

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