Ora calma ou sibilante, vez tronante, acareada
Converte-se, na calçada, meu passo ao léu do vento
Em tardes de pensamento, contigo e um sol brilhante;
Mas quando o clima hesita - e a brisa, então tão tímida
Mal caminha - num momento esquecido de venturas
Toca o rosto dos teus dedos meu medo de perdê-los
Embora fina a chuva, sob um céu último de ilha;
O ser crestado que briga contrafeito a tua falta
Cansado dos pedaços travestidos de certezas
Quer a paz das inteirezas - o rito dos abraços;
O ar frio que anoitece o entardecido no horizonte
No desvão da lua, pela costura das estrelas
Enternece, da líquida memória - o fim da chuva...
02/07/1997
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