da tua presença; naturalmente a tua
tez escura, por sobre nossas farturas
sobe aos lábios quenturas, pernas e abraços...
Teu tempo absoluto, presente agora
corta-me dentro e fora; da carne exposta
reviro outras vísceras, antes de ativas
solvendo carências no gozo corrente...
Mas o irrevogável, maré recorrente
quase revoga-me; como se à lua nova
se pedisse estagnasse a água grossa
que sal tortura uma velha queimadura...
O velho à tarde, indo destarte - que importa?
Cedo eu gostaria de outros dias e horas...
(esta nudez, antiga
face a tua tez, por ora
na verdade, saliva
rediviva, jaz morta)
30/08/2001
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