Sempre a um passo, rastro, toque de algo
vivo extático o sonho, a rósea iminência
do desabrochar perfeito; do instante dourado
das portas abertas do palácio; do cristalino
estado das coisas plenamente reconhecidas:
- triunfo iluminista nas profundezas do abismo.
Sempre estou metro atrás de medir o calado
a devida compreensão da quilha embaixo;
dos grilhões no fundo, guardo a vaga impressão
de hóspede eludindo a mente, uma rasa noção
do que vaza por dentro:
- talvez torturado da verticalidade
dos impulsos vulcânicos de felicidade.
No momento contínuo das sedas em movimento
desdobradas indefinidamente desde sempre
percorro cuidadoso o teu sacro espaço:
- mas não macular processo, tempo, colheita
(a comunhão na bacia imperfeita das almas deste mundo)
desaponta possível o nosso único futuro...
[pulsa contrito o cardíaco sentimento
de amor zeloso aos corvos afastando]
23/04/2005
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