Em textos convertidos, vivemos
registros mal lembrados de tempos
quase esquecidos; dos papéis sumidos
às páginas soterradas milhares pelos anos;
porém, ao escrevermos e guardarmos
na memória dos recônditos armários
impressões das chaves que usamos
(cônscios vez ou outra de abri-los)
recordamos tanto a matéria-prima dos sonhos
quanto o barro modelado em feitos; o que somos
da construção de espaços há muito transitados.
[o grande livro da capa verde
sobre o longo rio em sofrimento
está pronto; ele não mais te pertence;
que então ganhe as ruas, e quantas mentes
libertem outras tantas, de todas as correntes
recentes do passado - oxalá triste pretérito
não mais presente, não mais devido]
{... e quão nobre missão a tua!
Reabrir justa, pelo mundo
teu recôndito coração puro!...}
10/04/2005
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